Candidaturas abertas para observador de pescas (atum) nos Açores, em 2025

O Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA) continua a monitorizar a pesca de atum nos Açores, como tem feito nos últimos 27 anos. Para além de garantir o estatuto “Dolphin safe” ao atum pescado nos Açores, o Programa continua a estruturar uma base de dados que possui já mais de 5 milhões de registos e que é utilizada por entidades governamentais, pescadores e cientistas. O trabalho dos observadores do Programa é, neste contexto, crucial. São eles que recolhem os dados, em tempo real, que mais tarde possibilitarão analisar e gerir a pescaria nas suas várias vertentes, garantindo entre outras coisas, a certificação “Dolphin safe” (mortalidade zero de cetáceos na pesca). O POPA tem sede na Ilha do Faial e inclui um corpo de observadores, sediado na Ilha do Pico. Os candidatos deverão ter idades superiores a 18 anos, saber nadar, compreender e falar Português e terão que embarcar durante todo o período da safra que se estende de finais de Fevereiro a Setembro, (quem tem disponibilidade para permanecer os 6 meses tem prioridade absoluta). Aos observadores, será dada formação na área da biologia, comportamento e identificação de espécies e segurança no mar, e terão direito a viagem (Lis-Hor-Lis), alojamento, alimentação a bordo e vencimento mensal (1600€/mês em 2025) por contrato a profissionais independentes (recibos verdes). Os candidatos que já tenham feito o POPA em anos anteriores, se forem selecionados, terão direito a bonus na remuneração mensal, consoante o número de vezes que já tenham participado no Programa.

Faz download do formulário de candidatura no nosso site, preenche e envia para miguel.ag.machete@uac.pt até 21 de Fevereiro

Safra de atum termina em Setembro (mas em 2025 começa mais cedo – e o POPA também!)

Foto: Catarina Gonçalves (ex observadora POPA)

O ano de 2024 foi um ano extraordinário para a pescaria de atum nos Açores (já o de 2023 o tinha sido): como habitualmente, os observadores embarcaram no início de maio, mas com o fecho da quota do Patudo a 9 do mesmo mês (quando a maior parte da “grande frota” – barcos entre os 14 e os 30 metros – estava a iniciar a safra), aconteceu o mais indesejável dos cenários: os armadores/mestres encostaram os barcos (o Bonito, a segunda espécie que suporta a pescaria, é de águas quentes e, em cardume livre, só visita as nossas águas chegando-se mais á costa, em meados ou fim de julho) e o POPA e a sua equipa tiveram de se adaptar a essa realidade. Alguns armadores e mestres arriscaram com criatividade algumas acções, para poderem garantir algum rendimento, por pouco que fosse. Fizeram “manchas” com Patudo (espécie disponível á pesca mas proibida de capturar, como já se referiu anteriormente) na esperança que algum Bonito se juntasse a elas (já em anos passados tinha sido identificado que isso acontecia com esta espécie, embora em pequenas quantidades). Foi assim que, durante a segunda quinzena de maio até princípios de junho, fomos, lentamente, conseguindo embarcar de novo os nossos observadores. Chegados ao Verão, ocorreram algumas capturas de Bonito (já em cardume livre) com alguma expressão, mas nada que revertesse o custo da impossibilidade de capturar Patudo nos primeiros 3 meses de safra. A maior parte dos barcos acabaram por parar ou sair da região durante o mês de agosto e o último observador saíu da equipa POPA a 23 de Setembro, havendo a indicação por parte dos 4 atuneiros que ainda tinham alguma actividade esporádica, que iriam parar de vez, no final do mês.

Tendo em conta esta mudança de cenário na pescaria de atum Açoriana, o POPA tem de se adaptar: este ano, já embarcámos um dos nossos observadores mais experientes , entre Março e Maio, para tentar acompanhar a nova dinâmica que se tem vindo a instalar nos últimos 3 anos (o Patudo tem estado disponível à pesca logo em Fevereiro/Março e as embarcações locais têm aproveitado essa nova realidade, assim como alguns barcos do segmento das costeiras).

Em 2025, vamos antecipar todo o processo, desde o período para entrega de candidaturas até ao início da formação – o prazo para entrega de candidaturas vai de 1 de Janeiro a 21 de Fevereiro, os momentos de avaliação (análise de candidaturas e entrevistas) decorrem entre final de fevereiro e inicio de Março e a formação tem início, no Faial, a 31 de março prolongando-se até dia 9 de abril, dia a seguir ao qual, os observadores estarão prontos a embarcar. A previsão de fim de safra não será outubro mas sim, fins de setembro.

Avaliação das candidaturas ao POPA – 2024

Em 2024, o POPA teve 64 candidaturas para ocupar um dos 8 lugares disponíveis para observador de pescas (cobertura da pescaria de atum com salto e vara). Depois de um primeiro momento de avaliação (CVs, disponibilidade, cartas de intenção), foram escolhidos 20 elementos para serem entrevistados na semana que vem em Lisboa, na casa da nossa colaboradora de sempre – a SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves – www.SPEA.pt) – que desde 1999 nos acolhe na sua sede. Serão ainda realizadas excepcionalmente 4 entrevistas por videoconferência para candidatos que residem no estrangeiro e/ou não têm qualquer possibilidade de comparecer nas entrevistas presenciais. Contamos ter a equipa formada até dia 12 de Abril!

Terminamos, agradecendo a todos aqueles que puseram o seu empenho nas candidaturas que fizeram ao Programa em 2024

FORMAÇÃO POPA 2023 está a DECORRER

O Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA) é o Programa regional de monitorização mais importante do Arquipélago que dá resposta a muitas das exigências feitas pelas políticas regionais, nacionais e Europeias no âmbito marítimo e marinho em geral e das pescas em particular.

Em 2023, candidataram-se 76 pessoas ao Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA). Depois de concluído o processo de avaliação (cvs e entrevistas), foram escolhidos os 8 elementos que rumaram aos Açores para iniciar uma aventura única no âmbito da cobertura da frota atuneira de salto e vara Açoriana. Antes de embarcarem, estes futuros observadores participam numa formação intensiva de 11 dias que acontece na sede do IMAR/Okeanos na Horta e na @EMA. Esta formação, que procura fornecer todas as bases necessárias para o desenvolvimento do importante trabalho que os observadores vão fazer nos próximos 6 meses, divide-se em módulos que vão desde a biodiversidade e biogegrafia dos Açores até à identificação das principais espécies de atum, cetáceos, aves e tartarugas (passando por componentes fundamentais de segurança no mar, tecnologia e operação de pesca, etc). 

Desejo de bons ventos e bonanças para a equipa de 2023 do POPA/pescaria de atum!

Observadores do POPA em 2022

Cobertura da pescaria de atum em 2022 – concluída!

Foi uma safra intensa com algumas surpresas interessantes. A nossa equipa de observadores esteve á altura do desafio, desenvolvendo um trabalho competente e responsável que resultou em mais uma recolha de informação precisosa sobre a pescaria! Os dados já foram todos corrigidos (uma segunda vez) e integrados na base geral do POPA e há quem já tenha começado a analisar parte deles. Para breve esperam-se resultados reveladores, que certamente poderão servir de suporte ao Governo Regional dos Açores, para estruturar um plano de gestão adequado para o futuro desta actividade, bandeira do Arquipélago dos Açores.

Nos entretantos, e fruto também do nosso árduo trabalho , aconteceu isto:

https://ipnlf.org/a-truly-plastic-neutral-fishery/

O POPA estará sempre disponível para fornecer argumentos que defendam uma das pescarias de atum mais sustentáveis do mundo.

Seguimos em frente!

Em 2022, candidataram-se 72 pessoas ao POPA!

O prazo para entrega de candidaturas ao POPA terminou a 21 de Março, como previsto. Candidataram-se 72 pessoas sendo que mais de 70% eram residentes em Portugal Continental e cerca de 10%, nos Açores . Depois de um primeiro momento de avaliação que recaíu sobre os CVs, disponibilidades e cartas de intenção, escolhemos os 25 que vão ser entrevistados (segundo momento de avaliação) entre esta e a próxima semana (a maior parte na SPEA.pt, nossa colaboradora de longa data). Em meados de Abril contamos ter escolhidos os 8 elementos que vão formar a equipa deste ano. Vamos lá!

Foto: Franklin Tavares_POPA/IMAR

Continua o processo de candidaturas ao POPA 2022

Desde 1 de Janeiro que estamos a aceitar candidaturas ao POPA 2022. Continuaremos a fazê-lo até 21 de Março e nos entretantos, ainda esperamos receber mais umas dezenas de propostas de potenciais observadores de pesca!

Depois dessa data, teremos o primeiro momento de avaliação que passa por analisar as candidaturas enviadas. De acordo com o CV, disponibilidade e carta de intenção, iremos depois escolher, para um segundo momento, aquelas que se enquadram melhor nos nossos requisitos (selecionaremos cerca de 25).

Na primeira semana de Abril, teremos o segundo momento de avaliação, que passa por entrevistas pessoais (dos selecionados) com o coordenador do POPA. Como as restrições impostas pela pandemia parecem estar a abrandar, queremos voltar a Lisboa, mais precisamente à sede da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA – www.SPEA.pt), para realizar as entrevistas. Desde 1998 que a SPEA colabora connosco e nos recebe em sua casa anualmente, tendo esta cooperação sido apenas interrompida em 2019 e 2020, pelas razões que todos conhecemos.

Depois disso, escolheremos aqueles que entendermos ter o perfil mais adequado para fazer este trabalho e no dia 26 de Abril, daremos início à sua formação pré-embarque, já nos Açores (Faial e Pico).

Ser observador de pescas no Programa de Observação de Pescas dos Açores é uma experiência única. Se acreditas que tens o que é preciso para vivê-la, candidata-te!