Recolha de dados

O POPA é responsável pela recolha de dados de caris científico a bordo de embarcações de pesca comercial. Para alcançar este objectivo, integramos na nossa equipa observadores aos quais é administrada formação específica (ver > downloads) e equipamento necessário ao desempenho das funções (GPS, binóculos, máquina fotográfica, computador portátil, etc). Posteriormente, os observadores têm que recolher as informações solicitadas sob a forma de formulários, previamente estruturados pelo conselho científico do POPA que inclui investigadores especializados em várias áreas das ciências do mar. Os formulários são informatizados diariamente no mar e mais tarde entregues à coordenação do Programa que se encarrega de os avaliar e corrigir.

O trabalho do observador

Até 2020 o POPA incluiu na sua cobertura todos os atuneiros que pescavam na Região Autónoma dos Açores, desde que tivessem 20 metros ou mais de comprimento (isto abrangia parte da frota Açoriana mas também alguns navios da frota Madeirense).  Em 2020, foi iniciado um processo de reavaliação da certificação Dolphin Safe, que implicou, a partir de 2021, a extensão da monitorização com observadores embarcados, a atuneiros a partir dos 14 metros de comprimento. Os atuneiros variam assim entre os 14 e os 30 metros de comprimento e possuem tripulações que podem variar entre 10 e 18 homens. A pesca geralmente ocorre entre Maio e Outubro de cada ano (embora tenha vindo a começar cada vez mais cedo e a acabar igualmente mais cedo). Os barcos possuem uma autonomia limitada facto que impossibilita a sua estada no mar por mais de 8 dias ( geralmente permanecem cerca de 4-5 dias no mar). Por norma, o observador permanece em cada embarcação cerca de 30 dias, mudando depois para outra, de acordo com a orientação dada pelo coordenador do POPA Durante este período, o observador deve procurar integrar-se no ambiente que o rodeia ao mesmo tempo que executa as sua funções, ou seja, observação e registos. Os últimos dividem-se em grupos pré-estabelecidos que incluem recolha contínua de dados relativos à dinâmica das embarcações e recolha de informação sobre as espécies alvo da pescaria (atuns) bem como sobre as que interagem com esta actividade (cetáceos, aves marinhas e tartarugas).

Os observadores são integrados na equipa POPA através do regime de aquisição de serviços a trabalhadores independentes (recibos verdes). Têm direito a viagem Lisboa-Horta-Lisboa, alojamento (casa dos observadores na ilha do Pico e na própria embarcação) e alimentação (a bordo das embarcações), bem como seguros de acidentes de trabalho e pessoal e equipamentos de segurança individuias (PFD automático e GPSMap). A disponibilidade requerida para este trabalho é total ou seja, de fim de Abril a Outubro. A remuneração mensal dos observadores de pesca do POPA na pescaria de atum é actualmente 1600€. Os candidatos seniores (já com uma campanha feita anteriormente) e  veteranos (com duas ou mais campanhas feitas anteriormente) têm bónus significativos associados á remuneração referida.

Os atuneiros Açorianos não pescam só nas águas da região, desenvolvendo a sua actividade noutros locais, nomeadamente nas ilhas da Madeira. O número de barcos a pescar nas nossas águas varia assim durante os vários meses da safra. Até 2018, o efectivo de observadores que compunha a equipa (8-9) procurava assegurar uma cobertura da frota o mais próximo possível dos 50%. A partir dessa data, o efectivo foi reduzido para 5 elementos, por acordo com todos os signatários do Programa, tendo como consequência percentagens de cobertura mais reduzidas no decorrer da safra. No entanto, em 2024 (tal como em 2023), o POPA terá novamente um efectivo de 8 observadores, garantindo assim uma cobertura aceitável da frota activa nos Açores.

 

 

UMA NOVA COBERTURA! – POMET – observadores de megafauna a bordo de embarcações de tráfego de passageiros

Até ao dia 1 de Março estamos a receber também propostas para outro tipo de cobertura – 1 observador(a) de megafauna que possa embarcar diariamente nas embarcações da Atlantico line que transportam passageiros no grupo central dos Açores entre Abril e Setembro. Oferece-se um CONTRATO (6 meses)  para técnico superior + ajudas de custo por dia de embarque. Os REQUISITOS são:

– licenciatura

– residir (ou vir a residir) no Faial (porque todas as viagens partem da cidade da Horta no Faial)

Este contrato terá hipótese de ser prolongado até 2025.

PARA MAIS INFORMAÇÕES envia e-mail para miguel.ag.machete@uac.pt incluindo no assunto do mail “candidatura POMET”